sexta-feira, 19 de junho de 2009

Noite em branco


De todas as vezes que sonhei acordado,
e sempre que acordei a sonhar, 
avistei infinitudes finitas,
que bailavam como sombras estranhas, 
e agitavam-se como labaredas, 
só que sem luz,
só escuro, 
sem pressa de me fazer levantar, 
sem urgência de me obrigar a viver, 
silenciosas e cínicas, 
dançavam até de dia, 
sem vida nem morte nem nada.

Farrapos pretos de uma noite branca.

Noite em branco.

Que o é porque grita sussurros.

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