quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Morreu Novembro

Aquando da morte de Novembro, Dezembro decidiu revelar o ensaio crítico que elaborou acerca daquela pessoa, avaliação efectuada ainda a meio de Outubro.
Crítico factual. Nunca destrutivo.

Prestamos-lhe assim homenagem com a transcrição dessas palavras:

"Novembro é um bruxo albino.

Raramente sai à rua
com medo do frio e da chuva,
em vez de temer o sol.

É dos chás que ele engole.

Raras e vis mezinhas, que trocam sangue e juízo.

Está sempre a prepará-las,
é por elas que está vivo.
Embora haja quem discorde.

Enverga um manto preto
que contrasta com a pele
e condiz com a alma.
Brilhante combinação.

E assim é Novembro:
olhos escarlates,
dedos brancos,
dias mancos."