Aquando da morte de Novembro, Dezembro decidiu revelar o ensaio crítico que elaborou acerca daquela pessoa, avaliação efectuada ainda a meio de Outubro.
Crítico factual. Nunca destrutivo.
Prestamos-lhe assim homenagem com a transcrição dessas palavras:
"Novembro é um bruxo albino.
Raramente sai à rua
com medo do frio e da chuva,
em vez de temer o sol.
É dos chás que ele engole.
Raras e vis mezinhas, que trocam sangue e juízo.
Está sempre a prepará-las,
é por elas que está vivo.
Embora haja quem discorde.
Enverga um manto preto
que contrasta com a pele
e condiz com a alma.
Brilhante combinação.
E assim é Novembro:
olhos escarlates,
dedos brancos,
dias mancos."
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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