Este é o último poema que Fernando Tita Ferreira terá escrito.
Não se lhe conhecem as últimas palavras, como tal tomam-se estas como as suas derradeiras. Tudo o que terá ficado por dizer, relata quem estava presente, esvaiu-se com um suspiro.
Sem Título por Fernando Tita Ferreira, 1959
Sinto laivos de vida violenta em mim.
Veias que vermelham e pulsam em tons de negro.
Pulsa a vista também,
ou aquilo que a vista tem.
Continuo sem conseguir dormir.
Várias vezes os fechei e as pestanas sem cerrar.
Pisco uma, duas vezes.
Nunca mais.
Nunca.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
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