De todas as vezes que sonhei acordado,
e sempre que acordei a sonhar,
avistei infinitudes finitas,
que bailavam como sombras estranhas,
e agitavam-se como labaredas,
só que sem luz,
só escuro,
sem pressa de me fazer levantar,
sem urgência de me obrigar a viver,
silenciosas e cínicas,
dançavam até de dia,
sem vida nem morte nem nada.
Farrapos pretos de uma noite branca.
Noite em branco.
Que o é porque grita sussurros.