sexta-feira, 1 de maio de 2009

Morreu Abril

Ontem morreu Abril.
Maio avaliou-o a meio de Março e, na altura, elaborou um ensaio crítico acerca da sua pessoa.
Crítico factual. Nunca destrutivo.

Prestamos-lhe assim homenagem com a transcrição dessas palavras:


"Abril é um puto mentiroso.
Traquinas e sebento, de rosto lambuzado.
Blusão de penas aberto, a deixar entrar o frio que o torna constipado.
Mas nem assim menos travesso.

Gosta de enviar bilhetinhos,
com manias de conquistador.

Mas só conquista a dor nos outros com o seu jeito atrapalhado.

Com um ar abananado de pelintra descuidado.

E assim é Abril,
cheio de enganos e de chuvas,
que enganam os trovões."

Sem comentários:

Enviar um comentário